Quem sou eu

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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Descrição

É fácil pegar a poesia de alguém e colocar como descrição. Fácil, rápido, impessoal, seguro.

De mais a mais, seria meio vaga a descrição real: "Eu sou uma pessoa que se apaixona".

Tentativas de esclarecer seriam meio patéticas: "Eu sou uma pessoa que se apaixona por cidades (todas), por pessoas (muitas, de todos os tipos), por bichos (e eles sempre morrem cedo demais), por cantores de bandas famosas (de qualidade boa, duvidosa ou sem qualidades também), por personagens fictícios como Peter Pan, Super Homem, Homem Aranha, Luke Skywalker e Darth Vader (fictícios para os outros, claro) e por robôs alienígenas."

Engraçado que, espontaneamente, escrevi robôs alienígenas depois, fora da categoria "personagens fictícios".

Vai ver é por isso que eu não acho graça nos filmes de "amores-impossíveis-que-se-tornam-possíveis-no-final-apesar-de-forçar-muito-a-barra-tipo-o-da-prostituta-que-fica-com-o-milionário-no-final".

O Orkut está infestado de "filmes preferidos: Uma Linda Mulher".

"Echoing Miranda in The Tempest, he exclaims: 'O brave new world that has such people in it.' " - Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley.

Boa notícia

Que bom. Agora apareceram vários anúncios de carros blindados no blog.

Está ficando interessante.

Sinal dos tempos 3



Na loja de brinquedos, procurei o Optimus Prime. Não tinha.

Tinha o Bumblebee. Lindo, lindo. Custava quase R$ 500.

- Não vou comprar um brinquedo que custa mais do que uma família ganha por mês no Brasil. É desumano. Devia ser proibido vender brinquedo nesse preço. É indecente.

Levamos o Ironhide, oficial de armas, que vira a Picape GMC. Acho que custou meio salário mínimo.

E, ah... Made in Taiwan.

Da Série "Eu esqueci!"

Programa de domingo: cinema. Sem muita empolgação. Filme de criança.

Começa o filme. Legalzinho. Efeitos bons. Tiradinhas engraçadas.

E foi de repente. Aquela coisa enorrrrrrrrrrrrme diz:

- Eu sou Optimus Prime.

Calafrio.

Mais para a frente, a coisa enorrrrrrrrrme diz:

- Autobots, vamos rodar!

Quase chorei. Sabe o que é uma lembrança de duas décadas explodir dentro do seu cérebro? Eu senti culpa.

Eu adorava Transformers. Eu tinha Transformers. Eu sonhava em ter o Optimus Prime, de verdade, que nem o menino do desenho. Eu tinha inveja daquele menino, e ela me roía por dentro todos os dias.

E eu simplesmente havia esquecido... Não lembrei nem mesmo quando vi o cartaz do filme. Quando vi o nome do filme. Quando o Bumblebee se transformou.

Putz, eu queria rebobinar o filme no cinema. Quase comprei outro ingresso para a sessão seguinte, mas como sou adulta, madura e normal, achei melhor não.

Em vez disso, fiquei azucrinando a mulher da locadora, todos os sábados: "Chegou Transformers?".

Quando, de saco cheio e de maneira meio ríspida, ela disse que o filme só chegaria em novembro (seriam uns dois ou três meses), corri para a internet.

O DVD custava mais de R$ 100.

E só não comprei porque estava esgotado.

Sinal dos tempos 2

O que me faz recordar daquele filme péssimo com o Bruce Willis e a Liv Tyler, Armagedon.

O filme é uma droga, piegas até o fim, mas tem duas cenas que eu achei interessantes.

1) O velhinho que descobre o asteróide gigante diz: "É verdade que quem descobre pode dar o nome, não? Quero dar o nome da minha mulher".

Foi a descrição mais fiel e sucinta que eu já vi do fracasso da instituição família e da lenta morte do amor. Mais ou menos o conteúdo todo de "Ensaios de Amor", do Alain de Botton, sintetizado em duas frases.

2) O astronauta russo e a astronauta americana tentando consertar alguma coisa antes que a estação espacial exploda. Ela: "Não mexa em nada, você não conhece os componentes". Ele: "Componentes russos, componentes americanos... Tudo made in Taiwan!".

Dessa eu morri de rir.

Sinal dos tempos

Na maior loja de brinquedos de um shopping em São Paulo:

- Eu compro um brinquedo para você. Só tem que ser brasileiro. Nada feito na China ou na Coréia, que não presta, quebra antes de chegar em casa.
- Esse é made in Taiwan.
- Esse também.
Chega um vendedor:
- Posso ajudar?
- A gente quer um brinquedo brasileiro. Não tem?
- Claro que temos! Esse aqui, por exemplo....
Vira o brinquedo de cabeça para baixo. "Made in Taiwan".
- Oh, me enganei. Acho que é esse....
"Made in Taiwan".
- Bom, esse é da Estrela, é brasileiro, quer ver?
"Fabricado na China e importado por..."
E assim, um por um de todos os brinquedos da loja foi virado de cabeça para baixo. Tudo made in Taiwan.

Eu acho que o Apocalipse está próximo.

Medos

Medo do Alien. Eu tenho mais de 30 anos, mas toda vez que assisto Alien, tenho que olhar embaixo da cama antes de dormir. Eu sempre juro que não vou ver o filme de novo, mas não resisto. Já fazia isso com os filmes de vampiro quando era criança.

Mas tem filmes que eu nunca mais vou assistir, porque tenho muito medo:

- O Exorcista;
- O Chamado;
- O Sexto Sentido.

Alguns medos a gente supera ou modifica. Medo de morrer. Eu tinha pânico de morrer quando era criança. Passava horas na cama, de noite, com os olhos esbugalhados, tentando enxergar no escuro e imaginando que no caixão devia ser igual. Até ter o pensamento de que, morta, não ia conseguir abrir os olhos, o que na realidade piorava tudo.

Depois que tive um filho, o medo de morrer amainou. Foi superado por um pior, horrível, que nunca dá descanso: medo do meu filho morrer.

Mas se não tenho medo de morrer, tenho uma frustração. Morrer pode ser até uma experiência cool, mas não tem a menor graça se eu não puder contar como é pra alguém que esteja vivo. Eu sou fofoqueira.

Manias

Eu desenvolvi uma receita própria de miojo quando morei sozinha, na faculdade. E é nojenta.

Miojo cozido e escorrido. Jogo o pozinho por cima do miojo seco e misturo. Mais umas três colheres de maionese e pronto, a gororoba. Se jogar na parede, não sai mais.

E quando meu filho era pequeno, misturava toda a comida do prato com a colher e ficava batendo até virar uma coisa só. Ele dizia que era uma "paióia".

Doçura

Falando em infância, eu sempre me lembro dos meus desejos anormais de criança relacionados à comida. Tinha uma propaganda em que o menino vendado passava o dedo no tijolão de presunto e lambia, para adivinhar qual era o Sadia.

Eu vivia pensando que, quando crescesse, eu ia comprar um tijolão daquele e comer sozinha, a dentadas.

Também achava que ia comprar quilos de miojo para comer crus, sozinha.

Queria comer a lata toda de atum sozinha.

Eu tinha dois irmãos e tudo que eu comia tinha que ser dividido.

Semana passada fui ao mercado e comprei uma garrafa de suco e três miojos. Que comi cozidos.

Inocência

Porque é realmente um saco você ficar achando mensagens em tudo. Quando assisti "Formigas" com meu filho, foi deprimente.

O menino todo empolgado com o filme (a animação é muito boa) e eu viajando sobre a luta das classes. O poder e os operários.

É um vício, sabe? Quando eu tive aulas de datilografia (no meu tempo, a gente usava máquina de escrever), eu adquiri uma mania bizarra. Tudo que eu falava ou pensava tinha que ser mentalmente datilografado. Quando me deitava para dormir, ficava pensando e sentia as pontas dos meus dedos batendo nas pernas.

Decifrar as mensagens dos desenhos é um vício também.

Tudo é proibido

Enquanto trabalho, vivo pensando que quando estiver de férias vou almoçar vendo Sessão da Tarde. Não tem metáfora melhor para desocupação.

Minhas férias acabaram e não lembro de ter feito isso.

Então hoje, que estou de folga, resolvi fazer. Eu e meu prato de miojo bem nojentão.

Só que não está passando Sessão da Tarde, oras. É algum compacto do carnaval. Eu até ia tentar, mas a primeira coisa que vi foi um carro alegórico com umas pessoas vestidas de frango assado...

O que salvou o almoço foi o Pica-pau. Aquele desenho em que ele tenta descer as cataratas do Niágara em um barril.

Mas tão logo o desenho acabou, eu filosofei sobre a mensagem do desenho: tudo que é legal é proibido.

Depois que eu tive aulas de semiótica, o mundo ficou bem chato - principalmente os desenhos animados.

Talento

Eu queria muito ter o dom de escrever livros de auto-ajuda.

Deve ser legal ganhar rios de dinheiro sabendo que ajudou (vamos lá, vista a fantasia) alguém.

Mesmo que a crítica diga o contrário.

Rumo errado

Os anúncios do Google, segundo o próprio, são colocados no seu blog de acordo com o conteúdo. Uma tal ferramenta (mágica) separa as palavras do blog e decide que anúncios colocar.

Bem, eu já vi hoje anúncios de "cabelos mais bonitos", cirurgia plástica e um "Deus ama você".

Acreditando ou não na tal ferramenta, acho prudente virar o leme do barco.

Reais motivos

E essa filosofia toda a respeito da padoca, do sanduíche, das cidades, tem apenas um motivo.

Na real? Eu tenho um caminhão de coisa pra fazer e não tô nem um pouco a fim.

Tem dias em que eu penso umas coisas pra escrever no blog. Depois eu esqueço. Comprei a Veja essa semana e achei duas ou três coisas legais para comentar, mas esqueci a revista no trabalho. Observação: eu não gosto da Veja, mas devido à capa dessa semana, tive que comprar por motivos profissionais. E já que paguei, bora ler tudo, de cabo a rabo.

Aí porque estou com preguiça de fazer as coisas, sento aqui e me ocorrem todas essas bobagens aí embaixo.

É contraditório, mas a preguiça é boa conselheira para a criação.

Sem malícia

Mas não me entendam mal. Não acho que por isso Brasília seja melhor ou pior que São Paulo.

Acho gozado o estereótipo que as pessoas fazem das cidades. Brasília, por exemplo, é conhecida pelo alto índice de suicídio de jovens. Dizem que as pessoas são muito isoladas, distantes, e por isso, depressivas.

Logo que cheguei, uma mulher se jogou do alto do shopping. E tem um cara no meu trabalho que se jogou do sexto andar, mas não morreu.

Em um ano, não conheci suicidas potenciais. Nem deprimidos. Bom, conheci uma pessoa assim, vá lá.

Então... eu me divirto com essas coisas.

Diferenças

Estou há mais de um ano morando aqui, nesse mesmo ap. O povo do caixa da padaria e do supermercado nem me olha quando vou pagar.

E acho que se eu perder a comanda, chamam a polícia.

Frio

Se você for duas vezes à mesma padoca, em dias seguidos, o cara do caixa vai puxar papo. Ao final de um mês, vocês vão ser grandes amigos.

Quando mataram o coronel lá que estava investigando as chacinas na Zona Norte de SP, o Estadão entrevistou o dono da padoca onde ele tomava café todos os dias há anos. Quem traçou o perfil do coronel para o público não foi seu irmão, sua mulher, ou outro da família. Foi o dono da padoca quem falou sobre o coronel.

No final do ano, fui jantar com meu marido perto do trabalho. Nem pra jantar tinha comanda. A gente disse o que tinha comido, e pronto. E o cara perguntando se ele tinha ido para o interior, se tinha visto a família, se o Natal e o Ano Novo tinham sido legais. A mesma coisa quando fomos tomar café na padoca.

Meu marido estava morando em São Paulo há quatro meses e, pô, o cara do caixa do boteco e o cara do caixa da padoca sabem tudo da minha vida por tabela!

Aí tem uns seres anormais que dizem que o paulistano é frio.

Padoca


Só esse lance da padaria continua incomodando. Escolher no menu um café expresso e um sanduíche de peito de peru light e esperar um garçom trazer até a mesa foi legal. Mas foi estranho.

Não pude deixar de lembrar das padocas. Não conheço outro lugar onde padaria seja padoca a não ser São Paulo.

Padoca mesmo, com aquele balcão de padoca, quadrado, no meio do lugar. Os carinhas vestidos de branco com chapeuzinho engraçado, e o cafezinho (de "coadô") servido em copo americano que tem até cheirinho de pinga 51 lá no fundo.

Você sai de casa de manhã e pára na primeira esquina. Sim, São Paulo tem esquinas e as esquinas têm padoca, quase sempre. Pede o misto quente, que não custa R$ 2,50, e o cafezinho. E vai pagar no caixa.

Ninguém anota nada no papel (porque esqueci de comentar, o meu gigantesco pedido na padaria do Sudoeste foi anotado em uma comanda...). Você chega no caixa e diz o que comeu. O cara não confere com ninguém para saber se foi isso mesmo.

E aí tem uns seres anormais que vivem dizendo que paulistano é desconfiado.

Inconstância

Voltando para casa e tendo certeza de que adoro Brasília, me ocorreu o pensamento. Quando fui para São Paulo no final do ano, tive certeza de que adorava São Paulo.

Eu chamava isso de adaptabilidade. Qualquer lugar serve, eu me acostumo. Mas não é só isso, eu não me acostumo apenas.

Eu me apaixono. Muito rápido. Acho que sou é volúvel.

Sudogay

Comendo o "sanduíche de peito de peru light com queijo", reparo que há mais três mesas ocupadas. Um casal, um pai e seu filho, e dois amigos.

Durante a degustação do sanduíche, escuto as conversas. Não são pai e filho. É um casal gay. Não são dois amigos. É outro casal gay.

Lembro-me, instantaneamente, de uma reportagem publicada no Jornal de Brasília há algumas semanas:

"O Plano Piloto é a região mais 'arco-íris' do Distrito Federal. Este foi o resultado da enquete realizada pela Organização Não-Governamental (ONG) Estruturação - Grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) de Brasília, divulgada ontem. Entre os dias 4 e 20 deste mês, internautas desse segmento responderam à dúvida sobre quais cidades do DF possuem mais LGBT, proporcionalmente à sua população.
A votação foi feita pelo site Paroutudo.com, que recebe, em média, três mil visitantes por dia. O Plano Piloto ganhou o título de cidade mais gay e bissexual masculino (40% dos votos) e mais lésbica e bissexual feminino (39%), que eram duas das três categorias a serem analisadas."

"De acordo com Welton Trindade, presidente da Estruturação, o segundo lugar como região administrativa mais gay, que ficou com o Sudoeste (25% dos votos), ratificou sua fama 'colorida'. 'No meio homossexual, o Sudoeste é conhecido como Sudogay', afirma Trindade."

Faz mais de um ano que eu moro aqui. Juro que não sabia quando escolhi o Sudoeste para morar.

Mais impressões



Well, quando fui procurar meu ap, fui primeiro ao Cruzeiro. É colado no Sudoeste: só uma avenida os separam.

O zelador de um bloco comercial comentou: "Aqui no Cruzeiro tudo é mais barato, desde aluguel até o pão". O pão?!?!? "É. Nesta padaria o pão tem um preço. Se você atravessar a avenida e for até a padaria do Sudoeste, vai comprar pão mais caro".

Achei que era exagero.

Sentada na mesinha da Pão Dourado para tomar café, escolhendo no menu (sim, tem menu na padaria). O garçom (sim, tem garçom na padaria) logo avisa: "Só tem café expresso".

Como assim, não tem cafezinho, de garrafa, de "coadô"?

All right... Mas eu não consigo localizar "misto quente". "Tem sim, é o primeiro da lista", avisa o garçom. Ah.... É o "sanduíche de peito de peru light com queijo"... All right again.

É verdade que o tal sanduíche vem nadando em óleo. Mas tem peito de peru, light, e ainda por cima é servido pelo garçom.

E custa R$ 2,50.

Impressões


Tem umas coisas sutis no Sudoeste. Você demora a perceber.

A primeira é o acesso. O Sudoeste fica grudado no Eixo Monumental (o "corpo" do avião, que aliás, descobri na apostila do meu filho, não é um avião. O desenho do Lúcio Costa é de uma borboleta). Isso significa que você pode chegar a qualquer parte do Plano Piloto, de carro, em 15 minutos (com exceção do horário do rush).

Mas de carro. No Sudoeste não tem metrô. E eu só consegui descobrir uma linha de ônibus, que ainda por cima sai da rodoviária. Ou seja, se você está na Asa Norte ou na Asa Sul, tem que pegar um busão até a rodô e de lá pegar outro para o Sudoeste. E aqui não tem bilhete integrado. Vai gastar quase R$ 5,00 e levar mais de uma hora.

E isso, acredite, é de propósito. Acaba restringindo o acesso de quem não tem bufunfa no bolso.

Paixões



Hoje eu acordei tomada de amores por Brasília. Por nenhum motivo especial.

Quando cheguei, passei os primeiros três meses apaixonada. A vida era fácil; morava em um lugar legal, pertinho do ônibus, dos bancos do Estado de São Paulo e dos restaurantes. Na pousada encontrei gente divertida de todo canto do Brasil.

Mas depois veio um período de ódio. Descobri que comprar qualquer coisa em Brasília é uma missão impossível. Principalmente material escolar.

E hoje fui até a padaria tomar café. Sentada na mesinha, olhando ao redor, vi algo que achei que nem existia mais: borboleta. E não era uma só. Eram muitas, dezenas, voando nos arbustos da quadra. Todas brancas.

Voltando para casa, a pé, achei tudo fácil e tranqüilo. Perto de casa tem um Habib´s, um Pão de Açúcar, muitas locadoras, um shopping center (preciso de shopping!)... A vida aqui corre, digamos, suave nos feriados. Isso é bom.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

...

I feel like I´m just a little girl.

RELAX!!!!!

Took a right to the end of the line
Where no one ever goes.
Ended up on a broken train with nobody I know.
But the pain and the (longings) the same.
(Where the dying
Now I'm lost and I'm screaming for help.)

Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.
It's as if I'm scared.
It's as if I'm terrified.
It's as if I scared.
It's as if I'm playing with fire.
Scared.
It's as if I'm terrified.
Are you scared?
Are we playing with fire?
Relax

There is an answer to the darkest times.
It's clear we don't understand but the last thing on
my mind
Is to leave you.
I believe that we're in this together.
Don't scream – there are so many roads left.

Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.
Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.
Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.
Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.
It's as if I'm scared.
It's as if I'm terrified.
It's as if I scared.
It's as if I'm playing with fire.
Scared.
It's as if I'm terrified.
Are you scared?
Are we playing with fire?
Relax
Relax

Na real

Manchetes de hoje no UOL:

"Trio elétrico perde o freio, atropela 14 e mata duas pessoas em MG"

"Carla Perez recebe Scheila Carvalho em trio na Bahia"

"Mano Brown e Suplicy sambam na escola" - [n.r.: Vai-Vai]

"Para britânicos, Sherlock Holmes existiu e Churchill é ficção"

"Relembre 'Adocica' e outras músicas de Beto Barbosa"

"Mel Lisboa mantém o corpão sem fazer sacrifícios"

"Périplo entre Israel e Egito revela idiossincrasias locais" - Essa é da Folha de S. Paulo. No meu tempo, título assim era proibido...

Deus abençoe a internet.

Da série "Histórias Bizarras"

A mulher sobe o alambrado da represa. Segundo testemunhas, já tinha até "montado cavalinho" quando resolveram pedir ajuda (passaram de carro pelos principais pontos da cidade anunciando aos quatro ventos que "a mulher ia se matar").

A polícia chega e está tentando tirar a suicida do alto do alambrado. Um deles, impaciente, grita de dentro do carro:

- Se joga logo, biscate!!!!

Pérolas de amigas loiras - Parte II

- Ah, eu não gosto de homem com barriga.
- Mas barriga é só malhar que perde... O duro é a cara, que se não prestar, não dá pra arrumar.
- E você pensa que é fácil homem perder barriga?
- Ué, é só fazer academia!
- Sei, sim. Pra homem perder a barriga, só se a mulher ficar em cima.

Eu tinha escutado só a última frase...

Pérolas de amigas loiras - Parte I

- Nossa... Fusca... gás. Fiat Uno... gás. Motocicleta... gás também. Não sabia que tinha tanto carro a gás.

Silêncio...

- Aqui tem posto de gás? Nem sabia...

- Onde é que você está vendo isso?

- Aqui no classificado... Tudo carro a gás.

Pego o papel para ler.

- É gasolina, abreviado. Não é gás. Aqui não tem posto de gás.

Silêncio.

- Mas gasolina não é com "Z"?
- Não, é com "S".

Silêncio. E timidamente, bem baixinho:

- Então gás é que é com "Z"?
- Não! Tudo que pega fogo é com "S": gasolina, gás, querosene, diesel!

Mas eu adoro ela ehehe

O que não ensinar ao seu filho - Parte I

No filme, aparece de repente na legenda: "Filho da puta!"

- Mãe, por que ele chamou o moço de filho da puta?
- Porque ele estava bravo com ele.
- Mas filho da puta não é motorista?
- Não, é um palavrão, e muito feio. Por que você achou que fosse?
- Porque é assim que você chama todos os outros motoristas quando está dirigindo...

Dialeto

Coisas que você aprende em Brasília:

- rotatória = balão ou "queijinho" (???)
- elástico = liga
- biscate = piriguete (de influência nordestina)
- bexiga = balão (de novo)
- esquina = cruzamento de duas ruas (aquele cotovelo de cimento não é esquina. A cidade não tem esquinas, logo o termo "rodar bolsinha na esquina" não existe por aqui)
- homossexual = baitola (de influência nordestina)
- prostituta = prima (logo, quando você diz "filho da puta" está se referido a alguém da família)
- alça de trevo = tesourinha (voltinha esquisita que tem em toda a parte)
- pensão ou pensionato = pousada (por isso você não acha no Google "pensão" nenhuma em Brasília)
- condomínio = conjunto de casas térreas não geminadas fora do Plano Piloto, mas também é o famoso condomínio que você paga no ap
- sobreloja = puxadinho (juro que não sei porquê)
- é logo ali = cuidado, você vai andar muitos quilômetros

E uma especial, que não se refere especificamente a Brasília. Li outro dia, escrito por uma nativa, e acho que está mais para seção "Pérolas" do que para folclore da cidade, mas enfim....

- Walter Gates = famoso escândalo que derrubou o presidente Nixon (Watergate). Ou talvez o pai do Bill, vai saber...

Eu juro que estava escrito.

O Tempo 2

Pois é, quando eu vou fazer cadastro de qualquer porcaria na internet, na hora de preencher os campos da data de nascimento, acontece uma coisa.

No campo "ano" abre um menu com todos os últimos, sei lá, 100 anos. E eu tenho que rolar a barra pra baixo pra achar o meu ano.

Não que eu me importe de envelhecer. Mas essas pequenas constatações no meu dia-a-dia são muito chatas.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Plágio

Essa semana eu liguei a TV à toa e estava passando a novela das 9 (no meu tempo, era novela das 8...) na Globo.

Em se tratando de novela brasileira, eu só assisto nas duas últimas semanas. É incrível: você entende tudo do mesmo jeito. Diferente de Twin Peaks, ou Lost.

Mas retomando... teve uma cena lá muito esquisita. Muito ridícula. O ruim da história é que eu me identifiquei com a cena e tive noção de que eu sou ridícula também. Se eu tivesse um diário, poderia jurar que foi cair na mão do autor da novela.

Então, eu não quero mais assistir à novela, nem mesmo nas duas últimas semanas. Principalmente porque eu sei que a cena ridícula vai ter final feliz, mesmo que completamente, absolutamente impossível.

Receita

Receita infalível para eliminar angústia, acabar com a tristeza, esquecer os problemas, tomar coragem, afastar a depressão, enfim, chutar o balde:

Pare e reflita:

- o mundo tem pelo menos 2000 anos contados no calendário;
- você anda em cima da poeira dos ossos de gente que viveu há centenas de anos e nem sabe;
- a Terra tem trocentos milhões de habitantes e somente uma pequenérrima parte conhece você;
- 50 anos depois da sua morte, ninguém vai lembrar que você existiu.

Então, que diferença faz qualquer coisa?

PS: mesmo que você seja famoso e se lembrem de você depois de morto, vai fazer diferença?

O Tempo

Cinco coisas que o Tempo vive exibindo diante do meu nariz:

1) os atendentes de lojas me chamando de "senhora";
2) os e-mails sobre os anos 80, que têm cara de velharia mas me emocionam;
3) eu dizendo, vira e mexe, "na minha época";
4) minhas fotos de infância, com um colorido esquisito e roupas engraçadas;
5) as músicas de bandas brasileiras que não tocam no rádio e eu insisto em ouvir.

O carnaval morreu, seu grande circo pegou fogo...

Começou. Bom, todo ano tem mesmo. Vai passar e depois, só em 2009.

Eu não gosto de carnaval. Bem, eu gosto do feriado. Mas não gosto do carnaval.

E olha que eu tentei. Porque todo mundo sempre gostou, e tal. Mas às vezes eu fico pensando: e se todo mundo mente? E se as pessoas não gostam, mas acabam dizendo que gostam porque TODO mundo gosta?

Meu primeiro carnaval foi no colégio. Eu devia ter cinco anos. Fui de Mulher Maravilha. Foi quando descobri que o melhor da festa é esperar por ela (no carnaval, com certeza).

Quando cheguei ao salão e vi aquele monte de serpentina voando e o povo pulando, lembro que achei a música muito alta. E não gostei da música - aquelas marchinhas antigas.

Eu tinha cinco anos, mas já fiquei pensando que não tinha graça ficar rodando horas e horas por um salão.

Depois eu fui em mais dois carnavais. Por absoluta falta do que fazer.

Well, hoje eu prefiro não fazer nada mesmo.