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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

domingo, 19 de julho de 2009

Instintos

Cá estou, a menos de 10 dias de parir again.

Qual é a melhor definição de parto que você já ouviu?

A mãe de um amigo meu, depois de pensar muito, disse a ele: "Parir é como cagar um tijolo quente".

Cool, man... and it´s real.

Mágica?

A tal ferramenta que seleciona anúncios de acordo com o conteúdo do meu blog agora mostrou a propaganda assim: "Americanos querem casar". O site é http://www.homensparavoce.com/.

Este blog não é nada útil, mas pelo menos eu me divirto bastante :)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Promises

A gente vive em um mundo midiático. É inundado por notícia o tempo todo: na TV, no celular, na internet, no busão, no elevador e nas praças dos shoppings...

E com isso a gente vai ficando meio insensível. Não há mais grandes notícias. Há apenas notícias, reproduzidas por todos os sites, todas as rádios, todos os jornais... tudo muito igual, muito sem graça.

Foi nesse contexto que eu recebi a notícia da internação do Michael Jackson. No Jornal Nacional, uma chamada. Desliguei a TV - outras coisas para fazer, mais urgentes. Só no final da noite, falando com minha mãe pelo telefone, fiquei sabendo que a confirmação da morte tinha sido noticiada.

Mas não dei bola. Nem nos outros dias, assistindo à cobertura gigantesca de todos os fatos. Ouvindo músicas tão conhecidas, revisitando fotografias e clipes... nada disso me tocou.

Foi ontem, vagando pela net, que me deparei com um texto sobre o encarte do CD History. Eu tenho o CD. Ele tem desenhos feitos pelo próprio MJ. Um deles me impressionou quando comprei o CD:




"Before you judge me, try hard to love me, look within your heart then ask, have you seen my childhood? MJ"

Lembrei-me do show no Morumbi. Um dos melhores momentos, depois da abertura com Carmina Burana, foi "Will you be there":

In my darkest hour
In my deepest despair
Will you still care?
Will you be there?
In my trials
And my tripulations
Through our doubts
And frustrations
In my violence
In my turbulence
Through my fear
And my confessions
In my anguish and my pain
Through my joy and my sorrow
In the promise of another tomorrow
I´ll never let you part
For you´re always in my heart."

E lembrei-me também da época das acusações feitas a MJ. Que naquele tempo eu fiquei absolutamente revoltada com todos, por não acreditar nele e por julgar, julgar, julgar.

Assisti a outros clipes, vidrada, embabascada. Vi as cenas dos fãs alucinados, dos megashows, das crises de choro de quem se aproximava... Vi o modo como ele dançava, tão natural como se estivesse apenas respirando... Tive novamente a certeza de que ele foi o maior, o melhor , o mais criativo e dedicado dançarino que eu já vi. Não sei se é correto dizer que sua música era boa... era algo único, diferente, só dele, e que eu amo.

Ou seja, só ontem me toquei de que MJ morreu. E me lembrei de uma frase dita por alguma celebridade amiga por aí, ao comentar a comoção mundial dos últimos dias: "Se Michael soubesse o quanto as pessoas o amam, não teria morrido".

Well, ele podia ser qualquer coisa, menos burro. Então tenho certeza de que ele sabia sim.