Algumas semanas depois, um carro diferente começou a estacionar por aqui. Placas do Piauí. Não sei qual o motivo, mas em Brasília os banheiros não tem nenhum tipo de janela. Ou tem exaustores (ai, Senhor...), ou um tipo de veneziana que deve dar para um duto de ventilação.
Acontece que esse duto possibilita que você escute absolutamente tudo que seus vizinhos fazem, em um volume muito acima do desejado. E os tais vizinhos do Piauí têm uma empregada que fica o dia todo gritando "Juuuuuuuuuuuuuão", que é o filho do casal. À noite, ela leva o moleque pro quarto e joga FUTEBOL com ele lá dentro, com direito a grito de gol ao estilo Galvão Bueno pagando pau pro Rrrrrrrrrrrronaldo.
Mas o pior é o gosto musical da empregada. PQP, com tanta coisa pra ouvir, adivinha o que ela mais escuta? C-A-L-Y-P-S-O. Começa às 8h e vai até perto das 12h. O MESMO CD, TODO SANTO DIA.
Ninguém merece escutar aquela loira cantando como quem está fingindo um orgasmo, fala sério.
E eu penso, todos os dias, que queria muito ter aqui meu som super potente (está na casa da minha mãe) para colocar Metallica, Black Sabbath, Ramones, Raimundos (aquelas músicas bem cheias de palavrão).
Mas ainda vou trazer meu som. Ah, eu vou.
2 comentários:
Haha. Muito bom o post, Thelma. Bota pra quebrar com essa vizinha aê: arruma um som emprestado e bota os seus discos bem alto, como vc diz no texto.
faça o seguinte: pega as caixas de som do seu computador, coloca no banheiro no volume máximo. Ela pode até não parar de ligar o som do Kalypso, mas terá que... ouvindo um som da pesada. rsrs
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