"Droga".
No meio da coxinha, uma lasquinha de osso de frango surpreende a voracidade de Adriano. Com a unha, ele retira da gengiva o incômodo intruso. Ao verificar o dedo, percebe a unha grande e suja, e agora, com um pouco de sangue, que ele imediatamente limpa no guardanapo.
Forma-se pequena nódoa vermelha no papel.
Quem sou eu

- Thelma Yeda
- Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade
sábado, 12 de abril de 2008
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