No meu primeiro final de semana em Brasília, perguntei onde poderia almoçar.
Indicaram "a comercial da 306" (ou 5, sei lá), onde havia um Giraffa´s.
Foi uma longa, longa, longa explicação sobre como chegar até lá. Não que fosse difícil. Eu é que não entendia exatamente como "pegar a entrequadra e descer a comercial", quando, descobri depois, bastava dizer que eu devia seguir em frente, sempre reto, só atravessando as ruas.
Na primeira rua, a avenida W3, havia um semáforo. Ok.
Entre a entrequadra da 705/706 e as 500, não havia semáforo, nem faixa, e nem carros também. Ok.
Para atravessar das 500 para as 300 havia uma faixa, mas nenhum semáforo. Eu parei na beira da calçada para esperar os carros.
Aí o cara parou o carro e ficou. Ele ficou, eu fiquei. Veio um carro ao lado dele e parou também. E eu lá. O motorista do primeiro carro fez sinal para eu que eu passasse.
Quando retornei do almoço e contei na pousada, todo mundo riu.
Eu não sabia que em Brasília os carros paravam na faixa. Se tivesse chegado aqui de carro, com certeza iria presa por atropelar o pedestre na faixa. Acha que eu ia parar?
Quem sou eu

- Thelma Yeda
- Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade
sábado, 12 de abril de 2008
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