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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

domingo, 13 de setembro de 2009

Meu anjo Rafael

Há um anjo chamado Rafael. É o que diz a Bíblia.

Rafael é o meu anjo. Não aquele, louro de asinhas e auréola na cabeça. O meu Rafael tem cabelos cacheados sim, mas negros. E olhos verdes, profundos. E um sorriso como não há na Terra outro igual.

Mas o que meu Rafael tem de mais especial é tudo. Não sei se é afinidade, só sei que desde que o conheci soube que não poderia viver mais sem sua presença.

É amigo precioso e caro. Desses por quem se chora a ausência quando está frio ou chuvoso. É de quem primeiro me lembro quando o sol brilha nesse céu azul do Planalto Central e o dia promete.

É da sua alma que sinto falta nessa hora, quando o sol está se escondendo e a noite começa. As plantas exalam o cheiro da noite e ele viaja com a brisa, trazendo ideias de alegria, de oportunidade. Então eu penso que gostaria de me sentar ao lado do Rafael e escutar sua risada.

E todos os dias, então, me dói a consciência de que estou a mil quilômetros de distância.

Quando resolvi aceitar a vaga aqui em Brasília, pensei em como diria isso ao Rafa. Eu estava tão feliz, e queria que ele ficasse também. Quando cheguei aqui, num domingo cedo, o primeiro telefonema que recebi foi dele. E a cada nova descoberta, a cada nova sensação nesse lugar então estranho, lamentava não poder compartilhar com ele essas impressões.

Acho que o Rafa não vai ler isso. Ele não lê blogs e é ruim para responder e-mail... Mas isso não importa, porque ele sabe, porque eu não me canso de falar o quanto ele é importante para mim.

E só que eu senti necessidade de falar dele.

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