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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os caçulas

De todas as ansiedades dessa gravidez, a maior era finalmente poder descobrir se as mães gostam mesmo mais dos caçulas. Dúvida eterna, essa. As mães dizem que não, contam a história dos cinco dedos da mão... os filhos têm certeza de que o caçula é o preferido.

E eu teria agora a chance de descobrir.

Meu marido, há séculos, tentou explicar: não é que as mães gostem mais dos caçulas. É que, por serem menores, estão sempre precisando de mais cuidados. E quando crescem, as mães já se habituaram a estar mais preocupadas com eles do que com os outros.

Ainda é cedo, mas acho que já posso opinar. Meu marido estava certo. É tão claro para mim que meu filho de 11 anos pode se virar sozinho enquanto a pequena precisa de tudo... Mas com certeza, meu filho não vê assim. Acho que ele imagina realmente que eu goste mais da pequena. Porque atos sempre falam mais do que palavras...

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