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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Paraguaia

Da minha ascendência:

Em Bauru, no início da década de 90, um bêbado olha pra mim em um barzinho ao lado da Cachaçaria do Jão:

- Olha, uma paraguaia!
- Ela não é paraguaia, é japonesa - corrige meu amigo.
- Que nada, é paraguaia...

Anos depois, no jornal, o Aurélio, depois de ouvir a história, sentenciou: "Você é paraguaia mesmo. Japonesa falsificada".

Sinto falta do Aurélio. Ele ouvia minhas idéias sobre a vida e chegava sempre à conclusão de que eu era uma garota "rodrigueana". Eu morria de rir.

Mas como ele tinha umas intuições muito estranhas, escondi todas as facas com corte bom que tinha em casa...

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