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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Medos

Medo do Alien. Eu tenho mais de 30 anos, mas toda vez que assisto Alien, tenho que olhar embaixo da cama antes de dormir. Eu sempre juro que não vou ver o filme de novo, mas não resisto. Já fazia isso com os filmes de vampiro quando era criança.

Mas tem filmes que eu nunca mais vou assistir, porque tenho muito medo:

- O Exorcista;
- O Chamado;
- O Sexto Sentido.

Alguns medos a gente supera ou modifica. Medo de morrer. Eu tinha pânico de morrer quando era criança. Passava horas na cama, de noite, com os olhos esbugalhados, tentando enxergar no escuro e imaginando que no caixão devia ser igual. Até ter o pensamento de que, morta, não ia conseguir abrir os olhos, o que na realidade piorava tudo.

Depois que tive um filho, o medo de morrer amainou. Foi superado por um pior, horrível, que nunca dá descanso: medo do meu filho morrer.

Mas se não tenho medo de morrer, tenho uma frustração. Morrer pode ser até uma experiência cool, mas não tem a menor graça se eu não puder contar como é pra alguém que esteja vivo. Eu sou fofoqueira.

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