Quem sou eu

Minha foto
Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Descrição

É fácil pegar a poesia de alguém e colocar como descrição. Fácil, rápido, impessoal, seguro.

De mais a mais, seria meio vaga a descrição real: "Eu sou uma pessoa que se apaixona".

Tentativas de esclarecer seriam meio patéticas: "Eu sou uma pessoa que se apaixona por cidades (todas), por pessoas (muitas, de todos os tipos), por bichos (e eles sempre morrem cedo demais), por cantores de bandas famosas (de qualidade boa, duvidosa ou sem qualidades também), por personagens fictícios como Peter Pan, Super Homem, Homem Aranha, Luke Skywalker e Darth Vader (fictícios para os outros, claro) e por robôs alienígenas."

Engraçado que, espontaneamente, escrevi robôs alienígenas depois, fora da categoria "personagens fictícios".

Vai ver é por isso que eu não acho graça nos filmes de "amores-impossíveis-que-se-tornam-possíveis-no-final-apesar-de-forçar-muito-a-barra-tipo-o-da-prostituta-que-fica-com-o-milionário-no-final".

O Orkut está infestado de "filmes preferidos: Uma Linda Mulher".

"Echoing Miranda in The Tempest, he exclaims: 'O brave new world that has such people in it.' " - Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley.

Nenhum comentário: