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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Paixões



Hoje eu acordei tomada de amores por Brasília. Por nenhum motivo especial.

Quando cheguei, passei os primeiros três meses apaixonada. A vida era fácil; morava em um lugar legal, pertinho do ônibus, dos bancos do Estado de São Paulo e dos restaurantes. Na pousada encontrei gente divertida de todo canto do Brasil.

Mas depois veio um período de ódio. Descobri que comprar qualquer coisa em Brasília é uma missão impossível. Principalmente material escolar.

E hoje fui até a padaria tomar café. Sentada na mesinha, olhando ao redor, vi algo que achei que nem existia mais: borboleta. E não era uma só. Eram muitas, dezenas, voando nos arbustos da quadra. Todas brancas.

Voltando para casa, a pé, achei tudo fácil e tranqüilo. Perto de casa tem um Habib´s, um Pão de Açúcar, muitas locadoras, um shopping center (preciso de shopping!)... A vida aqui corre, digamos, suave nos feriados. Isso é bom.

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