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Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos. Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sudogay

Comendo o "sanduíche de peito de peru light com queijo", reparo que há mais três mesas ocupadas. Um casal, um pai e seu filho, e dois amigos.

Durante a degustação do sanduíche, escuto as conversas. Não são pai e filho. É um casal gay. Não são dois amigos. É outro casal gay.

Lembro-me, instantaneamente, de uma reportagem publicada no Jornal de Brasília há algumas semanas:

"O Plano Piloto é a região mais 'arco-íris' do Distrito Federal. Este foi o resultado da enquete realizada pela Organização Não-Governamental (ONG) Estruturação - Grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) de Brasília, divulgada ontem. Entre os dias 4 e 20 deste mês, internautas desse segmento responderam à dúvida sobre quais cidades do DF possuem mais LGBT, proporcionalmente à sua população.
A votação foi feita pelo site Paroutudo.com, que recebe, em média, três mil visitantes por dia. O Plano Piloto ganhou o título de cidade mais gay e bissexual masculino (40% dos votos) e mais lésbica e bissexual feminino (39%), que eram duas das três categorias a serem analisadas."

"De acordo com Welton Trindade, presidente da Estruturação, o segundo lugar como região administrativa mais gay, que ficou com o Sudoeste (25% dos votos), ratificou sua fama 'colorida'. 'No meio homossexual, o Sudoeste é conhecido como Sudogay', afirma Trindade."

Faz mais de um ano que eu moro aqui. Juro que não sabia quando escolhi o Sudoeste para morar.

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